domingo, 26 de novembro de 2017

RESGATE CULTURAL





  

NOME: Leonor Gorete Soares Azevedo Silva1
 http://www.estudarnafuniber.com
O artigo faz parte da 4ª edição do Concurso Publicação Solidária

RESGATE CULTURAL  
Como o sincretismo religioso se manifesta nas celebrações das novenas aos santos(a) padroeiros(a) no município de Pindaí.

O município de Pindai- BA, localizado no Território Sertão Produtivo, no sudoeste Baiano, assim como todos os municípios brasileiros, apresenta o seu ou sua padroeiro (a) como o santo (a) protetor (a) Compreender como o sincretismo religioso se manifesta nas celebrações das novenas ao santos (a) padroeiros (a) no município de Pindaí, constitui o propósito da minha pesquisa para curso de mestrado. A escolha por este tema se deu devido ao anseio de entender os ritos e os mitos desenvolvidos nas celebrações. Na condição de participante da comunidade católica do município, buscou-se compreender como se dá a participação dos fies às festividades religiosas. O município apresenta uma população miscigenada,  com redutos de negros. Esses últimos aparentemente invisibilizados se misturam aos festejos. “Com efeito, a verdadeira função da religião não é nos fazer pensar, enriquecer nosso conhecimento, acrescentar às representações de uma outra origem, e de um outro caráter, mas sim nos fazer agir, nos ajudar a viver”. (DURKHEIM, 1996).

Não se percebe manifestações religiosas de origem africanas e comumente estão ali participando, ora ativamente ou passivamente. [...] os negros reinterpretam inúmeras festas católicas: Exu é festejado no dia de São Bartolomeu; Xangô, no dia de São João; Ogum divide as comemorações com São Jorge; Omolu, com São Sebastião; os Ibejis (orixás da infância), na festa de Cosme e Damião; Oxalá brilha nos festejos do ano novo (na Bahia, na festa do Senhor do Bonfim); e Iansã, no dia de Santa Bárbara. (LIGORIO apud NOGUEIRA, 2009). Este sincretismo por correspondência entre deuses e santos pode ser assim explicado pela necessidade que tinha os escravos, na época colonial e imperial, de dissimular aos olhos dos brancos suas cerimônias pagãs. E como o sincretismo religioso é apresentado no município. Reconhecer a sua identidade, ser respeitado  é a maior vitória na conquista  de um povo.

Bibliografias

DURKHEIM, Émile. 1996. “Resumo de texto”; As formas elementares da vida religiosa. (Trad. Paulo Neves) São Paulo: Martins Fontes [1912].
Pag. 457-98: Conclusão.
ANAIS DO IV ENCONTRO NACIONAL DO GT HISTÓRIA DAS RELIGIÕES E DAS RELIGIOSIDADES –ANPUH -Memória e Narrativas nas Religiões e nas Religiosidades. Revista Brasileira de História das Religiões.
Maringá (PR) v. V, n.15, jan/2013. ISSN 1983-2850.Disponível em
1Mestranda do Programa de Pós-graduação em Educação, FUNIBERhttp://www.estudarnafuniber.com
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