NOME: Leonor Gorete Soares Azevedo Silva1
http://www.estudarnafuniber.com
O artigo faz parte da 4ª edição do Concurso Publicação Solidária
RESGATE CULTURAL
O artigo faz parte da 4ª edição do Concurso Publicação Solidária
RESGATE CULTURAL
Como
o sincretismo religioso se manifesta nas celebrações das novenas aos santos(a)
padroeiros(a) no município de Pindaí.
O
município de Pindai- BA, localizado no Território Sertão Produtivo, no sudoeste
Baiano, assim como todos os municípios brasileiros, apresenta o seu ou sua
padroeiro (a) como o santo (a) protetor (a) Compreender como o sincretismo
religioso se manifesta nas celebrações das novenas ao santos (a) padroeiros (a)
no município de Pindaí, constitui o propósito da minha pesquisa para curso de
mestrado. A escolha por este tema se deu devido ao anseio de entender os ritos
e os mitos desenvolvidos nas celebrações. Na condição de participante da
comunidade católica do município, buscou-se compreender como se dá a
participação dos fies às festividades religiosas. O município apresenta uma
população miscigenada, com redutos de
negros. Esses últimos aparentemente invisibilizados se misturam aos festejos.
“Com efeito, a verdadeira função da religião não é nos fazer pensar, enriquecer
nosso conhecimento, acrescentar às representações de uma outra origem, e de um
outro caráter, mas sim nos fazer agir, nos ajudar a viver”. (DURKHEIM, 1996).
Não
se percebe manifestações religiosas de origem africanas e comumente estão ali
participando, ora ativamente ou passivamente. [...] os negros reinterpretam
inúmeras festas católicas: Exu é festejado no dia de São Bartolomeu; Xangô, no
dia de São João; Ogum divide as comemorações com São Jorge; Omolu, com São
Sebastião; os Ibejis (orixás da infância), na festa de Cosme e Damião; Oxalá
brilha nos festejos do ano novo (na Bahia, na festa do Senhor do Bonfim); e
Iansã, no dia de Santa Bárbara. (LIGORIO apud NOGUEIRA, 2009). Este
sincretismo por correspondência entre deuses e santos pode ser assim explicado
pela necessidade que tinha os escravos, na época colonial e imperial, de
dissimular aos olhos dos brancos suas cerimônias pagãs. E como o sincretismo
religioso é apresentado no município. Reconhecer a sua identidade, ser
respeitado é a maior vitória na
conquista de um povo.
Bibliografias
DURKHEIM, Émile. 1996.
“Resumo de texto”; As formas elementares da vida religiosa. (Trad. Paulo
Neves) São Paulo: Martins Fontes [1912].
Pag. 457-98: Conclusão.
ANAIS DO IV ENCONTRO NACIONAL DO GT
HISTÓRIA DAS RELIGIÕES E DAS RELIGIOSIDADES –ANPUH -Memória e Narrativas nas
Religiões e nas Religiosidades. Revista Brasileira de História das Religiões.
Maringá (PR) v. V,
n.15, jan/2013. ISSN 1983-2850.Disponível em
.